Vergonha na cara não é cosmético!

Há quase dois meses atrás, no Imperial Colégio Pedro II- 170 anos de tradição, houve um evento muito interessante, um grupo chamado Voluntários da Pátria que fez um Circuito de Música, Poesia e Reflexões Coletivas conosco e também participaram do circuito João Estrela (do "Meu nome não é Jhony") e Bayard Tonneli (ator) e alguns alunos do colégio. Parecia que eu estava numa sociedade secreta, onde tudo o que se falava alí era politicamente proibido. Penso eu: A DITADURA NÃO ACABOU, APENAS MUDOU DE NOME!!!!!!!!! Músicas mais bonitas que as outras, com palavras de incentivo, de revolta, que me dão mais vontade de continuar com os meus propósitos. Poesias que me mostraram o quanto ainda existem pessoas inteligentes no meu país, o quanto a arte verdadeira ainda pode ser apreciada. Reflexões essas que vieram ao encontro dos meus pensamentos, outras que os complementaram, outras que discordo, mas respeito. Toda vez que me encontro com pessoas assim não me sinto tão sozinha, é muito bonito ver que poucos ainda fazem muitos pra jovens como eu. Eu fiz questão de agradecer a cada um deles pelo circuito tão bonito, por tanto cuidado e carinho que tiveram conosco. Faço idéia de como eles passam meses montando aqueles circuitos, escrevendo suas angústias, se preparando para mobilizar as pessoas e receber as mais diversas críticas... Artistas como esses devem ser valorizados!! Um dos momentos que eu mais gostei foi logo no início, onde o Tavinho paes entrou em cena e começou a se bater na cara, no corpo... ficou todo vermelho e disse "VERGONHA NA CARA NÃO É COSMÉTICO" Incrível... Outro momento bárbaro foi quando um dos estudantes com deficiencia visual tocou violão ao lado do Tico Santa Cruz, não foi por VER que me emocinei, mas por SENTIR!! Pois é, quando digo que não troco o Rio de Janeiro e meu colégio por nada as pessoas não acreditam, mas é por esse e outros motivos... Talvez lá de longe eu não pudesse VIVER O QUE VIVO HOJE e SER FELIZ COMO SOU HOJE!!! Por isso que preciso escrever, em mim não cabe tantas coisas boas que não possa ser compartilhada com quem for. Mais uma vez: É isso! Boa tarde...